Sevilha é a quarta maior cidade da Espanha, atrás de Madri, Barcelona e Valência. Tem cerca de 700 mil habitantes e a região metropolitana mais de 1.5 milhão. É a capital da província homônima e também da região da Andaluzia – uma das 17 regiões autônomas da Espanha. A região está situada no sudoeste do país. Veja:
Em vários
roteiros planejados por mim na Europa, em pelo menos três oportunidades, a
cidade da Sevilha estava nos planos, mas por diversos fatores, fui conhecer a belíssima
e surpreendente cidade de Sevilla somente no final de 2021.
Em geral, Sevilha
é marcada pelas altas temperaturas e por poucas chuvas. A minha experiência foi
fora da curva: frio e muita chuva. Faz parte. O mais importante é que nas
tardes que estive por lá, a chuva deu uma trégua e consegui fazer todos os
passeios programados. Um pouco de sorte sempre é bem-vinda.
Para uma
visita completa e tranquila à cidade, 3 a 4 noites são necessárias. E vale muito
a pena. A cidade é muito charmosa, tem várias atrações turísticas
interessantes, boa comida e um povo muito simpático. E melhor, não é lotada
de turistas!
A
arquitetura da cidade é claramente uma mistura da cultura cristã e mulçumana.
Sem entrar em muito em detalhes históricos, o sul da Espanha foi dominado pelos
Mouros por quase 8 séculos, de 711 a 1492 D.C., e depois retomado pelos cristãos.
A influência das duas culturas e religiões é muito peculiar.
A seguir comento
algumas experiências por lá.
Como
chegar?
Você poderá
chegar à Sevilha de trem, carro ou avião. Até de barco é possível, pois o rio
da cidade, Guadalquivir, o maior da Espanha, é navegável até o mar mediterrâneo.
Cheguei de
trem de alta velocidade (Renfe, AVE), “direto” (cinco paradas sem mudança de
trem), a partir da Estação Sants em
Barcelona: cerca de 5 horas e 20 minutos de viagem. Também existe trem direto
para outras cidades importantes, como Madri, Córdoba e Málaga.
Para ir
embora, aluguei um carro, pois no meu roteiro a próxima cidade a ser visitada era
Granada. Percorri uma estrada fenomenal e tranquila (autovia), cerca de 2 horas
e 30 minutos, e sem pedágios.
Dica:
alugue o carro no aeroporto. Não é longe do centro, cerca de 10 km, e para você pegar o
carro é muito mais fácil. O aluguel na estação de trem (Estação Santa Justa) pode
gerar algum tumulto, pois várias locadoras ficam fora da estação (suas malas
serão um problema).
Onde ficar?
A cidade tem várias opções de hotéis e para todos os gostos. O hotel mais famoso é o Alfonso XIII. Um hotel 5 estrelas e muito bem localizado, próximo à Catedral e ao Alcazar. Todavia, um amigo que se hospedou por lá recentemente, comentou comigo que apesar da imponência do hotel, os quartos estão antigos. A partir dessa dica fui buscar outras opções.
Para a minha
sorte escolhi o Hotel Colón Gran Meliá – lá conhecido apenas como Hotel
Cólon. O hotel é espetacular. Tudo novo. Ótima recepção e um excelente atendimento.
Quartos amplos e bem decorados. Vale a pena. Detalhe: em todos os andares, nas
portas dos quartos, existem pinturas clássicas de pintores locais. Um show.
Passei a
noite de Natal no hotel e foi muito legal. A localização também é muito boa (um
pouco mais longe do que o outro hotel citado).
Principais
atrações:
Catedral,
Alcazar e Torre de Giralda. Opte por uma visita guiada abrangendo os três monumentos. Comprei o
passeio no Trip Advisor (empresa de turismo Naturanda) com alguma antecedência.
Faça o mesmo. E não se esqueça de levar o passaporte. É obrigatória a
apresentação do mesmo na entrada da Catedral e do Alcazar. Os monumentos são
belíssimos, mas o ponto alto da visita é a vista lá de cima da Torre de Giralda.
Sensacional. Não deixe de subir.
Plaza de
España. Uma das
maiores praças da Europa. E talvez uma das mais belas que já visitei. Fica
dentro do parque María Luisa. Cerca de 10 minutos da Catedral,
caminhando. A visita é gratuita.
Passeio
pelo rio Guadalquivir. Tem várias embarcações maiores com passeios de 1 hora e custo mais reduzido.
Optei por fazer o passeio num Iate com capacidade para até 12 pessoas. Mais uma
vez demos sorte, embarcou somente a minha família (4 pessoas): um passeio
exclusivo por cerca de 130 euros (total). Uma pechincha. Também contratei o
passeio pelo Trip Advisor (Empresa Fun Ride Sevilla). Vale a pena. Somente o
ponto de embarque que pode gerar alguma confusão. Coloque no GPS o nome da
empresa. O Iate estará lá alguns minutos antes do embarque.
Torre de
Oro. Fica às margens
do rio. Apenas tirei foto do exterior.
Setas de
Sevilla (Metropol Parasol). Um monumento mais recente, finalizado em 2011, moderno e em formato de
cogumelos (“setas” em espanhol), localizado no centro da cidade. A vista de lá
é sensacional, especialmente no final da tarde. Fica a 7 minutos caminhando do Hotel
Cólon. Comprei o ingresso lá mesmo, sem problemas. Mas, talvez, o melhor é comprar
pela internet com antecedência, para evitar possíveis filas em época de
temporada.
Passeios a
pé pelos bairros principais. Vá caminhando lentamente pelas ruas estreitas e admirando a
cidade: muito legal mesmo. Os bairros mais famosos são o Santa Cruz (dentro do
centro histórico) e o Triana (do outro la lado do rio). A arquitetura é muito
peculiar.
Restaurantes,
cafés e sorveterias – opções a cântaros. Boa comida regional e bons preços. Um dos restaurantes que
gostamos muito foi o Abades Triana. Fica à beira do rio, na margem
oposta aos principais monumentos. Tem uma vista muito legal dos mesmos. Fomos à
noite. Comida muito boa, ótima carta de vinhos, porém um preço um pouco mais
salgado. Vale a pena. Se você quiser reservar uma mesa próxima ao rio, pagará
um suplemento de 15 euros por pessoa.
Outro restaurante
que gostamos muito foi o El Burladero que fica no próprio Hotel Cólon,
mas que é aberto ao público: comidas regionais e tapas. E boa carta de vinhos
Para
finalizar, cito dois passeios típicos, mas que não fizemos dessa vez. Os shows
de Flamenco e as touradas.
A visita à
cidade de Sevilha é muito agradável. Inesquecível. Coloque no seu roteiro numa
próxima visita à Espanha.
MJR